Por volta de 1917, fez-se essencial a construção de uma
capela, ao redor da qual iam se aglomerando as moradas dos habitantes, o que
viria a se formar posteriormente a cidade. O terreno para a construção da
Capela fora doado pelo casal Maria Florinda da Conceição e João Melquíades de
Oliveira. A bênção da pedra fundamental foi proferida pelo Monsenhor Francisco
Severiano de Figueiredo, em 21 de dezembro de 1916.
A construção da Capela se deu em regime de mutirão, sendo o
Tenente Manoel Cirilo, filho de um dos fundadores do município, o coordenador
dos trabalhos. A construção da Capela, assim, representou a institucionalização
do Catolicismo oficial, compondo-se uma rede cultural religiosa e
instituindo-se, através da rede formal e informal, a mentalidade do ouro-branquense.
As missas, casamentos e batizados, que antes eram celebrados
em uma grande latada erguida dentro do cemitério ou em casas particulares,
passaram a ser celebrados na Capela. Antes disso, porém, já existia a
"Casa da Oração", onde os moradores prestavam homenagens aos seus
santos e santas. Devido ao fato de esta casa situar-se do outro lado do Rio
Quipauá, em anos de inverno dificultava-se o acesso a esta, daí a necessidade
de se trazer o local sagrado de ritos e celebrações para o lado onde se
construía a futura cidade.
Contam os mais velhos que a Festa do Padroeiro, o Divino
Espírito Santo, era realizada, assim como nos dias atuais, em Outubro,
encerrando-se no dia 04, dia do Co-Padroeiro, São Francisco de Assis, devido ao
fato de que era tempo da apanha (colheita), beneficiamento e comercialização do
algodão, abundante na região. Era época em que podiam ter dinheiro para comprar
roupas novas, ofertar a Deus o fruto de seu trabalho, além de propiciar a
confraternização com familiares e amigos depois das novenas e missas. A Festa
do Padroeiro deveria, seguindo o calendário cristão, ser realizada de Maio para
Junho, quando ocorre a Solene Celebração de Pentecostes.
FONTE – PREFEITURA DE OURO BRANCO
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